Governo anuncia Medida Provisória que extingue o Seguro DPVAT

O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta segunda-feira (11/11) uma medida provisória que extingue o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por veículos automotores. A medida passará a vigorar em 2020. Saiba mais. 

Segundo o governo, o custo total do DPVAT ao governo federal é de R$ 8,9 bilhões. Ele estima que seriam necessários R$ 4,2 bilhões para cobrir os valores pagos às vítimas. Outros R$ 4,7 bilhões seriam referentes à administração e fiscalização do recurso. 

Ainda de acordo com a medida, o SUS vai continuar prestando assistência universal para todos os brasileiros mesmo sem essa fonte de receita. Para o Ministério da Economia, o dinheiro excedente da arrecadação será destinado à Conta Única do Tesouro Nacional, em três parcelas anuais de R$ 1,2 bilhões nos anos de 2020, 2021 e 2022. 

A MP também extingue o Seguro de Danos Pessoais Causados por Embarcações, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não (DPEM). 

Os acidentes permanecerão cobertos até o fim deste ano. A gestora do seguro, a Seguradora Líder continuará responsável pelos segurados até o fim de 2025, mas atendendo apenas os sinistros ocorridos até 2019. Uma das maiores seguradoras deste consórcio é a Excelsior, da família do deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE), atual desafeto do presidente. 

Criado em 1974, o seguro obrigatório tinha como objetivo criar uma ampla rede de pagadores — os donos dos veículos — responsáveis pela indenização de qualquer vítima do trânsito, inclusive pedestres. 

A MP que acaba com o DPVAT e com o DPEM passa a vigorar assim que for publicada no Diário Oficial da União. Contudo, ela precisa ser aprovada pelo Congresso em 120 dias para não perder a validade. 

Fonte: Consultor Jurídico 
 

Nota:

O seguro DPVAT não foi extinto. Em 2021, todos que sofreram acidentes envolvendo veículos em vias públicas brasileiras, ainda têm direito às indenizações do seguro obrigatório. 

Segundo decisão do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNPV), em conjunto com o Ministério da Economia, é que a cobrança da taxa obrigatória não seria realizada. 

O fundamento da decisão, de acordo com a Susep (Superintendência de Seguros Privados), é que o DPVAT possuia recursos suficientes em caixa para realizar as operações no ano de 2021, sem que a cobrança fosse realizada. 
 

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