BB vence leilão do Banco Postal

Brasília – A Empresa Brasileira de Correios de Telégrafos (ECT), os Correios, concluiu, há pouco, a seleção da instituição financeira que atuará em parceria com a estatal, nos próximos cinco anos, na oferta de serviços bancários por meio do Banco Postal. O banco vencedor foi o Banco do Brasil que apresentou o lance de R$ 2,3 bilhões.



Ao perder a disputa, o Bradesco deixará de ser parceiro dos Correios no Banco Postal. Desde 2001, a instituição atuava em conjunto com a estatal, o que permitiu que aumentasse o número de correntistas e o volume de serviços bancários devido à grande capilaridade da rede de serviços postais.



De acordo com as regras do edital, os lances deveriam ser constituídos pelo “Valor Básico de Acesso ao Negócio”, que não teve valor mínimo estipulado. No entanto, este montante não inclui os R$ 500 milhões a ser pago pela utilização das agências dos Correios e os repasses sobre as tarifas de serviços ao longo da vigência do contrato – estimada atualmente em R$ 350 milhões por ano.



Foram inscritas na licitação Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú e Bradesco. Logo na primeira fase, o Itaú foi desclassificado ao apresentar o lance de R$ 0,01. Na ocasião, permaneceram na disputa o Banco do Brasil, com lance R$ 1 bilhão, o Bradesco, com R$ 1,55 bilhão e a Caixa, com R$ 1,2 bilhão ao apresentarem as cifras por meio de envelopes.



Na segunda fase da licitação, os lances eram feitos em viva-voz. A Caixa desistiu da disputa na quinta rodada, momento em que os lances se aproximavam do patamar de R$ 2 bilhões. A definição do vencedor ocorreu apenas na 12ª rodada, quando o apresentou o lance vencedor. A última proposta do Bradesco foi de R$ 2,25 bilhões, na 11ª rodada.



Os Correios limitaram a participação de pequenas instituições financeiras ao exigir dos participantes a comprovação de ativo total igual ou superior a R$ 21,6 bilhões e patrimônio líquido de pelo menos R$ 2,16 bilhões registrados em balanço.



O Banco Postal é visto pelos participantes da licitação como a oportunidade de expandir a rede de atendimento via Correios. Os serviços listados no edital de licitação vão desde a abertura de contas-corrente e poupança passando por saques e pagamentos de beneficio do INSS, contas de água e luz até solicitações de cartão de crédito, empréstimos e até operações de câmbio.



O retorno do investimento do banco contratado passa pela utilização de toda a plataforma operacional e tecnológica das 6.195 agências dos Correios que já contam com o Banco Postal. O valor corresponde ao direito de usar estas agências corresponde deverá ser pago já no início da operação do serviço, no dia 2 de janeiro de 2012.



As propostas comerciais das empresas eram formadas pelo valor fixado pelos Correios para as agências do Banco Postal, mais o valor básico de acesso ao negócio, que deverá ser pago em 10 dias após a assinatura do contrato, e, por fim, as tarifas correspondentes aos serviços prestados que estão serviços descriminados na tabela do edital de licitação e está estimada no atual com o Bradesco em cerca de R$ 350 milhões por ano.



De acordo com assessoria dos Correios, o Bradesco arrematou há 10 anos o contrato do Banco Postal com um lance vendedor de R$ 200 milhões, que a rodada única de apresentação de propostas. Na época, o valor superou em quase três vezes a proposta do segundo colocado, o Itaú.

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